domingo, 25 de julho de 2010

MEFIJA Tarde de 24-07-10


Pedalei a tarde inteira, estrada difícil, terra pra tudo quanto era lado, uma imensidão no horizonte e eu muito cansado, além de um pouco preocupado com o pneu que desde muito vem murchando aos poucos e, se não recalibrado sempre, acabafurando a camera.
Foi anoitecendo, já sabia que isso aconteceria e eu não conseguiria chegar na próxima cidade chamada Ipameri, mas mesmo assim estava disposto a continuar mesmo no escuro. Porém, pra minha surpresa, depois de dezenas de Kms sem ver uma casa a beira da estrada, avisto um conglomerado de pedras com uma escrita que mais parecia o nome de uma fábrica ou instituição governamental, percepção que só aumentou quando observei escrito numa porteira - "NÃO FUME, NÃO DESÇA" - e isso só fez com que aquele suspense aumentasse, Não fume? não desça?, o que seria aquilo? alguma espécie de lugar que comportasse algo que poderia vir a explodir a qualquer momento?. Como não havia ninguém ali, arrisquei uns passos além da porteira, dei uns gritos de "OPA" por ali e de repente vi aparecer um sujetio, intensifiquei os chamados até que ele me observou e veio em minha direção para enfim me revelar que lugar era aquele, MEFISA, uma casa de recuperação de dependentes de drogas, principalmente crack, muitos dos quais ja haviam estado em conflito com a lei, e ele, Renato, era um dos internos, termo que ele mesmo utilizou após eu lhe perguntar se era monitor do lugar, tamanha sobriedade e autonomia que me transmitiu.
Expus meu caso pra ele, que estava viajando de bicicleta, havia doado minha barraca, perdido minha rede, os pneus com aqueles problemas todos... pedi um canto de concreto pra jogar o isolante témico e saco de dormir que me restaram para passar as noites e, depois de me ouvir, ele esboçou muita compreensão e chamou o coordenador do espaço, para o qual repeti a história, agora cercado por outros "internos" (o termo utilizado pelo coordenador é aluno), e ele, primeiramente muito desconfiado me pediu os documentos, depois me chamou pra uma conversa no seu escritório, me explicou umpuco daquele projeto e disse que me ajudaria pois era alguém de muito bom coração e que foi tocado pelo senhor em relação a mim, além do que na próía biblia estava escrito que não se deve negar auxilio aos viajantes.
Julio, nome fictício do coordenador, já havia sido aluno no MEFIJA e segundo ele a permanência por lá é de 9 meses, simbolizando também uma gestação, o tempo que leva pra se nascer, e é justamente um novo nascimento que ali está por vir, o aluno chega e os primeiros 3 meses são para a desintoxicação, nos outros 3 se ganha autonomia e firmeza no propósito de não voltar para as drogas no pós clínica, os últimos 3 meses você reforça essa autonomia e se prepara para a tão aguardada saída.
O lugar respira religião, são vários cultos evangélicos ao longo do dia e atraves da fé que busca-se ali o caminho para um novo mundo sem drogas. Paticipei de dois cultos, muito diretos e fortes, por sinal, falam de roubos, assassinatos,má influências que tendem a levar os homens ao caminho da perdição, sendo que tudo o que é dito tem respaldo biblico e é realmente impressionante como daquele livro encontram versículos e ensinamentos que os afetam diretamente e eu, também muito sensibilizado com tudo, aprendi muito sobre fé. O culto parecia ser pra mim, uma energia incrível tomava conta do lugar, uma força que pouquíssimas vezes havia sentido dentro de uma igreja. Oraram por mim, pela minha viajem, foram realmente muito solidários, me persentearam com pulseiras que eles lá produzem artesanalmente, além de uma infinidade de Halls, que lhe são dados como forma de amenizar a falta do cigarro, cada um chegava com tres ou quatro pacotinhos de Halls e me ofertavam.
Julio passou por todo esse processo como interno, voltou pra casa após os nove meses mas uma semana depois a voz do senhor o chamou para que ele continuasse sua obra e ele voltou ao MEFISA, agora como estagiário e permanecerá nessa condição por mais 3 meses para aprender o processo do cuidado, o qual ele desmpenha muito bem.
Na MEFISA ha uma coletividade muito grande, todos parecem se respeitar muito. Julio disse-me que uma grande extensão de terras ali pertence a um pastor e que aquele terreno onde se encontrava a clínica foi doado por ele, porém, não contam com contribuições para a manutenção do espaço, a não ser os
R$250,00 pagos pelas familias dos rapazes ali em recuperação, 20 no total.
A simplicidade do lugar e falta de recursos são explícitas, fiz duas refeições com o pessoal, no jantar uma espécie de sopão meio papa onde tinha de tudo mistirado; arroz, macarrão, legumes; no café da manhã, pão puro aquecido pra virar torrada, suco de saquinho e cha de erva cidreira. Porém a garra daquele povo é imensa e, mesmo em meio as dificuldades, não falta acima de tudo a vontade de sair das drogas e começar uma nova vida.
Em poucos lugares me senti tão bem recebido, realmente um grande ensinamento de vida pra qualquer pessoa. Em viajens como esta, na qual vemos muitas coisas e perfis diversos, aprende-se muito a não julgar as pessoas pela aparência, aliás, além de ter ouvido várias vezes também posso presenciar que nos lugares em que socialmente mais se tem medo de estar, como manicômios, CAPS, clínicas de recuperação, por exemplo, são os que mais se encontra afeto, carinho e solidariedade.Uma lição à todos nós.
Pena que infelismente minha hora aqui na Lan house está prestes a terminar, pois ainda teria muito a escrever, tanto sobre a MEFISA, quanto a outras histórias e figuras incríveis que cruzaram meu caminho.

bjos e abrçs a todos!!!

...Pedalando pelos mundos...

24-07-10

Acordei tarde, quase meio dia. Havia combinado de almoçar com os amigos de Catalão antes de partir e assim o fizemos. Engraçado, não sei o que aquelas pessoas deixaram em mim, ou talvez eu é que esteja muito sensível em meio a esse processo todo de viajem, mas essa despedida de Catalão foi diferente e a medida que arrumava minhas coisas fui sentindo uma emoção muito forte, não sabia de onde vinha e nem o porque daquilo, era uma saudade já daquelas companhias que tive naqueles dois últimos dias, observava a luz do sol que batia no lado de fora da casa, me veio uma sensação estranha, a impressão de que de alguma forma estava deixando algo muito valioso pra trás naquele momento e realmente aquelas pessoas me acolheram muito bem e me deixaram fazer parte daquilo que são. Cheguei a chorar alguns minutos após a despedida final quando já pedalava pela cidade. Fabiola, Bodó e Jacy, pessoas que jamais esquecerei.
A estrada aos poucos trás um estado muito grande de fluência que faz com que agente sinta um sentimentno de que as coisas acabam se encaixando e se resolvendo da melhor forma possíve e assim tenho cada vez mais me sentido tranquilo e sereno em meio aquelas que, em outras circunstâncias, poderiam ser consideradas situações difíceis. Hoje mesmo, demorei pra sair de Catalão, a tarde já estava lá pela metade e a cidade mais próxima a uns sessenta kms numa estrada com muitas subidas e descidas, sendo que eu sabia que pelo caminho não havia posto pra eu encher os pneus que tão murchando com o passar das horas e os ônibus também não paravam caso precisasse de ajuda, segundo o próprio motorista de um deles me informou. Portanto sabia que iria ficar a noite pela estrada, na pior das hipóteses com os pneus murchos, mas mesmo assim descidi partir e em nenhum momento me bateu qualquer tipo de tensão maior. Acreditei que de alguma forma resolveria as coisas sem grandes transtornos ou, se com grandes dificuldades, nada que fosse grande demais pra me fazer volver.
Enfim, pedalei, pedalei... as luzes da estrada estavam lindas, o percurso é bastante difícil mas a estrada não estava muito movimentada, talvez por ser sábado, e eu pude parar, fazer fotos do trajeto, até que, findando a tarde, depois detoda uma tarde em que ao redor só o que se podia observar eram montanhas e terras, cheguei à um lugar chamado MEFIJA, a qual posteriormente descobri ser uma clínica de recuperação para cidadãos que já estiveram em conflito com a lei, mas não tenho certeza se todos. Conto essa vivência no próximo contato.

Pequenas decepções

Infelizmente tenho pedalado muito nesses dias todos, mais do que o previsto, e os imprevistos com a bicicleta atrasaram muito a viajeme isso não tem me permitido tempo para conhecer melhor os lugares, procurar por mais informações, trocar mais com as pessoas, realizar os trabalhos que gostaria com o pessoal, enfim, tenho me limitado muito a estrada somente e, embora muita gente interessante tenha cruzado meu caminho, estou um pouco decepcionado em não poder conhece-los.

19 e 20-07-10

Depois de uma boa pedalada de dois dias a partir de Uberaba cheguei em Uberlândia. Foram dias bem cansativos, principalmente o último no qual no trajeto haviam muitas subidas.
Em Uberlândia cheguei no cair da noite desta última segunda feira, pra variar com mais um furo na camera, e como se trata de uma grande cidade, geralmente mais difícil e caro pra arrumar lugar pra ficar, pensei em ir para a estação central e de lá pegar um ônibus até Araguari, uma cidade vizinha a cerca de 30Km, pois nesse trajeto havia uma grande serra com pouco acosatamento (sem em alguns trechos), trecho no qual ocorriam muitos acidentes e por isso, juntando-se ao cansaço, decidi não pedalar este percurso. Minha opção por Araguari me faz mudar novamente o roteiro e essa decisão veio depois de conversas sobre a condição das estradas com as pessoas que encontrei no caminho.
Porém, quando a caminho da estação pra pegar o onibus para araguari, conheci duas garotas, universitárias da federal de Uberlândia, também conhecedoras da educação popular, que me informaram estar ocorrendo o encontro regional de História e, sendo eu graduando desse curso, não poderia perder a oportunidade de participar. As garotas foram fantásticas e me deram muitas informações e indicações pra eu procurar uma galera do diretório estudantil que poderiam me ajudar em conseguir uma estadia. Adentrei a universidade e encontrei só gente boa lá, uma galera bacana mesmo que rapidamente me acolheu e acabei ficando alojado na própria sala do diretório, dentro do campus da universidade.
No evento, que durou mais quatro dias a partir da minha chegada, pude conhecer gente do Brasil inteiro, principalmente alunos e professores de história, além de gente de outros movimentos sociais e estudantes de outras áreas. Trocamos muitas experiências e informações, falei bastante do encontro para todos, muitos escreveram nos retalhos... foram dias de muito aprendizado para mim mas, pelo lado negativo, dias em que não estava pedalando e assim, consequentemente, mais atraso na viajem. Além disso perdi minha rede no dia em que cheguei em Uberlândia.

Noite do dia 16, sexta-feira, 5º dia de viajem

Noite do dia 16, sexta-feira, 5º dia de viajem.

No dia 16, sexta feira, anoitecendo, decidi acampar e passar a noite em um posto da estrada entre Leme e Pirassununga, interior de São Paulo, mas tive uma péssima surpresa num primeiro momento quando desembrulhei minha barraca para arma-la, pois percebi que suas varetas estavam quebradas de modo que inviabilizaria sua utilização para dormir. Estava muito vento e a previsão era para 5º na madrugada, fiquei um pouco preocupado mas parti para o plano B, dormir numa rede que também carrego nas viajens. Teria que arma-la entre árvores, em lugares descobertos ali perto, o que era ruim pois os ventos fortes poderiam ser indicativos de chuva no decorrer da noite. De repente, quando já me preparava para migrar, me aparece um senhor super gente boa, puxando papo e tirando umas dúvidas sobre aquela bicicleta toda cheia de malas ali encostada. Ele viaja com a esposa por aí num caminhãozinho vendendo armários, cadeiras e mesas de madeira, dormem na cabine, lugar muito apertado pra dois, segundo ele que me ofereceu manobrar seu caminhão de modo que mais se aproximasse do pilar da área coberta para que eu pudesse amarrar na sua lateral uma banda da rede, sendo a outra no pilar e, além de me fazer esse favorzão, me ajudou a amarrar a rede, pegou uns plásticos pra não danificar minhas cordas, deu uns nós bem garantidos de modo que eu pudesse dormir bem seguro, enfim, o cara foi muito gente boa e acabei tendo a minha melhor noite até então, a rede estendida, no céu as estrelas apareceram, bem como a lua que estava com um brilho muito especial e a questão dos ventos e frio foi resolvida com meu saco de dormi;r, feito para aguentar até -10º. Foi uma noite incrível, fiz um pouco de tudo, escreci um pouco, vi as fotografias tiradas até então, bati papo com o pessoal do posto e só fui acordar no dia seguinte, lá pelas sete da manhã, quando o senhor gente boa tava de saída e precisava desamarrar a rede do caminhão e foi aí que lembrei que ele havia me falado na noite anterior sobre a falta de conforto em dormir com sua esposa na cabine e, assim, ao invés de guardar a barraca pra tentar arruma-la depois, o que estava fácil pois faltava apenas colar umas varetas, decidi doa-la pro casal, o que o deixou muito emocionado e pude ver isso nos olhos deles que tentaram me perguntar quanto valia aquela barraca, quanto eu tinha pago, e eu desconversava e dizia que era presente, pra eles não se preocuparem. No final ele me deu dez reais, os quais relutei em pegar mas acabei cedendo. Acho que vai ser muito útil pra eles essa barraca e, depois
da ótima noite que tive, posso me virar muito bem com a rede.

OBS: Podia, pois lá na frente, quando já estava eu em Uberlândia-MG, perdi minha rede. Essa é uma história que conto pra vocês depois.

bjos e abrçs!!!

...pedalando pelos mundos...

Tarde de Pedal e Carona até Uberaba

As cameras da bicicleta tem furado muito, não sei se por serem de má qualidade essas cameras de hoje, como tantos outros produtos fabricados na atualidade, ou se consequência da enormidade de pedras, vidros, arames e toda sorte dejetos que se acumulam nos acostamentos ao longo da estrada. O negócio é que isso me traz enormes transtornos, pois exige mais esforços em empurrar a bike, atrasa a viajem, além dos gastos a mais.
No sábado a tarde furou novamente, depois de um intenso dia de pedal em que saí de Pirassununga e fui quase até Ribeirão Preto. O problema é que não havia nada aberto quando percebi que o pneu estava muito murcho e por sorte um rapaz que trabalha com um guincho para uma empresa local me oereceu uma carona até Uberaba.
Fiquei feliz por não ter de empurrar a bicicleta pela estrada, mas triste por que deixo de pedalar um bom trajeto, além do que depois vim a descobrir uma mensagem deixada por alguém da rede me informando de um acampamento sem - terra em Ribeirão Preto, o qual não poderei visitar mais agora.

15-07-10

No dia 15, quinta feira, Hennok, que me hospedou em Araras, me levou pra conhecer o caps em que é estagiário, o convite caiu como uma luva, pois o dia anterior, quando tive que pedalar 85Km em meio a chuva e frio, havia me desgastado muito.
O caps em questão fica em uma pequena cidade chamada Nova Gertrudes, tem a fachada de uma casa como outra qualquer do bairro, possui um bom espaço físico (tem até uma piscina), é bem arejado e as pessoas ali parecem estar muito bem e a vontade, me deixando uma ótima impressão por parecer consolidar muitos dos ideais da reforma psiquiátrica, as pessoas se falam e se tratam de igual pra igual, todos os trabalhadores são cuidadores, tanto os usuários como desde a ajudante geral até a coordenadora, e conhecem os propósitos do serviço no qual atuam, e todos, usuários e trabalhadores, constroem um ambiente extremamente sadio em que pode-se sentir-se a vontade e se expressar de variadas formas.
Conversei com todos e pedi para escreverem nos retalhos, surgiram mensagens lindas nas quais as pessoas se revelam muito, é engraçado, outro dia entreguei um retalho pra um cineasta que tinha acabado de lançar um documentário sobre populações que tiveram que migrar após a construção de uma usina hidroelétrica no interior de Minas Gerais e Goiás, eles segurou o retalho nas mãos e perguntou:

- "escreve o que?;
- " o que você quiser, é livre", disse eu;
"livre? mas é em relação a que?;
- "ao que você quiser", retruquei;
Aí ele olhou pro retalho, ficou olhando pensativo, oscilou um pouco e concluiu: "engraçado, quando nos dão liberdade pra fazer as coisas agente fica meio sem saber o que fazer".

Tenho notado muito isso nas pessoas, aquele momento de escrever nos retalhos é ímpar, um no qual ha a necessidade de se expor, algo tão simples como escrever uma mensagem torna-se difícil, uns desistem, outros olham pro retalho, olham, pensam em desistir,

Voltando ao Caps, vi um novo usuário chegando e sendo super bem acolhido pelos outros usuários. Conversei com todos e descobri lindas histórias, quis fazer um trabalho com fotografia, mas infelizmente a coordenadora não permitiu, aliás, conversando como os usuários percebi que falta naquele espaço o fomento de mais oficinas, informação que transmiti num outro momento para a coordenadora e ela disse-me que já haviam projetos que haviam dado certo e que agora eles tentavam retomar. Foi uma grande manhã esta no Caps de Nova Gertrudes.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O Henok é fogo (pra não dizer outra coisa)

Esse pequeno texto é uma forma de agradecimento aqueles que vem me acolhendo pelo caminho, gostaria de escrever outro pra um tanto de gente bacana que cruzei até então, Fran e Waguinho, tatiana, e seus estudantes, Talita e familia, eduardo sempre me ligando pra saber cmo estou, assim como D luzia e Meirinha, Renato, nosso cantor predileto; Wal, Zil, Carla, Rafa carioca, o pessoal do caps em que o Hennok estagia, Silvana, José, o grupo musical do maluco beleza, as oficinas do candido, enfim, tantos e tantas que aos poucos vou conseguindo escrever e agradecer de coração por todo carinho. São justamente vocês que me movem por aqui e me fazem acreditar ser possível a realização dessa jornada. Por enquanto, sintam-se homenageados também com o pequeno mas caloroso texto abaixo.


O Henok é fogo (pra não dizer outra coisa)

Começo essa mensagem dizendo: O HENOK É FOGO (pra não dizer outra coisa). Putz, o cara é mto gente boa, deve ser o novo messias, não é possível. Primeiro me manda mensagem oferecendo estadia e eu não respondendo por estar sem crédito, me faz uma longa ligação interurbano (PRO CELULAR) só pra saber se eu to bem e me oferecendo lugar para ficar caso eu fosse passar em Araras. Depois vai me buscar de noite na beira da estrada na entrada da cidade, me recebe com um baita sorrisão cheio de afeto, enfia minha bike toda suja no porta malas do carro, me enfia todo sujo pra dentro do carro, mas não no porta malas (acho que a coroa da bicicleta até fez um risco no plástico lateral onde fica o som, mas eu fiquei quetinho, fica entre nós - embora ele seja da rede também e vá ler essa mensagem a quarquer momento. Desculpa aí Hennok! Falando em desculpas, ele tem um carro com travas elétricas que não podem ser baixadas manualmente senão da pau no sistema todo, e adivinha o que eu fiz, meti o dedão pra fechar a porta, no outro dia ele fica uns vinte minutos virando a chave e nada, o pino de uma porta descia e o outro da outra porta subia, aí ele ia na outra porta e metia a chave na fechadura,o pino dessa descia e o da outra porta subia, o coitado ficou uns quinze minutos nessa, uma hora perguntou com toda educação do mundo pra mim se por acaso eu havia baixado o pino com a mão na noite anterior, e eu é claro q disse que não - "Magina, se acha que eu ia fazer isso?, Dscp aí Hennok. Eu depois, com um pouco de remorso, esbocei uma confissão: - " PODE SER que sem querer fui coçar o cabelo e meti o cotovelo no pino, mas PODE SER heim!", e o cara dá um outro baita sorriso e diz: "que nda marcinho, fica frio, depois eu mando arrumar". Coisas de Messias.).

Bjos e abrçs a todos!

AH!!! Só pra avisar, o risco no carro foi brincadeirinha e a porta depois voltou sozinha ao normal (coisas de Messias).

14-07-10

No dia 14, quarta feia, o dia amanheceu chuvoso, mesmo assim decidi pedalar, pois havia ficado um dia a mais em Campinas para conhecer os serviços de saúde mental da cidade e não poderia deixar de pedalar pra tirar o atraso da viajem.
Foi um dia muito difícil, muita chuva, depois de já ter saído da cidade percebi que havia esquecido uns equipamentos na casa da Fran e tive que voltar pra pegar. Retornei para a estrada e foi um dia muito cansativo realmente, fluxo intenso de caminhões e agente fica meio apreensivo pois na chuva a visibilidade diminui e pra um "bichão" daqueles pegar um bicicletinha é rapidinho.
Enfim, tive que pedalar muito, 35 Km a mais do que o previsto e, sendo esse o primeiro dia de pedal, as assaduras foram muitas no final do dia, porém nada que um dia inteiro de descanso posteriormente e um pouco de pomada não resolvesse.
Ao passar por Sumaré mandei uma msg para Carla, psicologa e da Aneps se não me engano, grande pessoa que foi super prestativa, depois de tanto carinho e solidariedade estava com muita vontade de conhece-la, infelismeste ela não estava em casa e pena que não possível foi dessa vez, mas oportunidades não vão faltar.
Toquei o pedal pra frente e me lembro de ter recebido depois uma msg da Wal, de São Carlos, que me acolheria lá, porém por questão de otimização do percurso decidi mudar o roteiro, fiquei muito chateado, estava querendo muito rever o pessoal de São Carlos, mas agora, ao invés de São Carlos, iria pra Araras onde o Henok, gde amigo, me acolheria, mas o problema era justamente que para lá chegar teria que pedalar bem mais.
Esse dia foi realmente muito difícil, mal pude parar para comer, o máximo que consegui foi parar num posto e tomar uma mistureba que faço com um monte de coisa natural, muito saudável por sinal, e logo em seguida continuei a viajem, cai duas vezes e um pouco antes do fim do percurso cheguei a desacreditar que poderia prosseguir e que seria capaz de realizar a viajem até Goiânia, pois se no primeiro dia já tava sofrende tudo aquilo, quem dera no 20º, porém essa percepção tendeu a diminuir nos dias que se suscederam.
Ainda naquele primeiro dia, quando foi anoitecendo eu ainda estava no meio da estrada, encontei num posto decidido a pegar uma caroninha de 20Km, era o que faltava pra chegar em Araras, porém é incrível como construimos um mundo em que ha um afastamento geral entre as pessoas, muita desconfiança. Um caminhoneiro que abordei disse-me que estava esperando um telefonema do patrão e não sabia se seguiria viajem, percebi que ele ficou meio envergonhado e estava tentado encontrar uma desculpa pra não me levar; outros caminhoneiros, que foram super educados diga-se de passagem, disseram para eu procurar o frentista, que poderia me ajudar a pedir uma carona, esse me mandou procurar o chefe de pista que, por fim, falou para eu abordar os caminhoneiros pessoalmente e pedir a carona, por que eles do posto não poderiam ajudar, pois caso houvesse algum problema posteriormente teriam que se resonsabilizar e tal... o pior é que no fundo agente tem que entender, talvez faríamos o mesmo caso estivéssemos em seu lugar, mas que fiquei com uma péssima impressão e um pouco descepcionado com a falta de sensibilidade e solidariedade, isso fiquei, embora depois tenha conseguido enxergar seus possíveis receios e pontos de vista. Nada da como uma boa dose de alteridade.
Enfim, com a impossibilidade da carona só me restou pegar a estrada mesmo e aí foram os vinte kms mais difíceis de toda a viajem até então, tudo escuro, eu não conseguia ver nem o acostamento, a não ser nas horas em que passavam os caminhões a toda velocidade ao lado e jogavam em mim seus faróis assustadores, isso sem contar os que businavam e até jogavam o caminhão no cantinho do acostamento, tirando uma fina danada. O cansaso era muito, quase nas últimas forças, o trajeto era difícil e com muitas subidas que, mesmo não sendo tão ingremes (é o que imagino pois não dava pra ver nada) assim pareciam devido a dificuldade de pedalar por causa do cansaso. Cheguei em Araras a noite, Henok me esperava num determinado local, colocamos a bicicleta no carro dele e fomos para sua casa, enfim um bom banho e um bom descanso, mas não sem antes darmos uma voltinha pela cidade e visitarmos uma amiga dele que possui interesses e práticas em educação popular e saúde e havia lido e adimirado meu email falando sobre o projeto da viajem, seu nome é Talita, um pessoa incrível, juntamente com sua familia, sendo sua filinha uma graça, faz uma sériede artesanatos ensinados pela mãe, etc... todos preencheram seus realhos para a colcha, foi ótimo te-los conhecido, espero que nos vejamos sempre e desenvolvamos algum projeto juntos, aliás, convidei-a para entrar no grupo da aneps, ela quer fomentar educação popular na cidade, já tentou inclusive, porém sem sucesso por uma serie de motivos que depois ela mesma conta pra vocês e quem puder ajudar ela a promover a educação popular em Araras, vai ser muito bom.

Gde bjo e abrç a todos!!! até!!!

11-07-10 e 12-07-10

Sai para a viajem de bicicleta somente na noite da segunda feira dia 11, um dia depois do previsto, sendo que a madrugada do dia 11, do domingo para a segunda, foi bastante cansativa, embora recompensadora, pois eu e Meirinha, a grande companheira Meire Quadros, militante em multíplas frentes, estávamos em casa finalizando um projeto sobre direitos humanos e rede pública de ensino para inscreve-lo no encontro de educação popular de lins no fim desse mês.
Acabamos lá pelas 3 da matina e, pra priorar e\ou melhorar, tivemos que ir até embu guaçu em busca da camera que ela me emprestaria pra levar na viajem. Enfim, dormi lá em Embu na casa dela, ou melhor, cochilamos umas horinhas e pela manhã voltei para Santo André pra pegar a estrada logo, pois estava atrasadíssimo quanto a saída e se demorasse mais talvez não conseguiria chegar em Goiânia para o encontro. O problema foi que a a viajem de embu guaçu à Santo André foi super demorada, muito transito até São Paulo, depois problemas no trem para Santo André e eu só fui chegar em casa umas 14:00hrs, sendo que ainda tinha que almoçar e averiguar as malas para não esquecer aquelas coisas que sempre esquecemos ao viajar, vocês sabem.
Percebi que seria inviável pedalar, pois de noite não é boa idéia fazer alguns percursos, principalmente saindo de São Paulo, então decidi que iria de onibus, primeiro para Sumaré na a casa da Carla, psicóloga ligada a aneps creio eu, a qual me ligou varias vezes, tão gentil e atenciosa que além de me disponibilizar sua casa pra eu ficar nessa primeira noite, fez uma baita correria pra conseguir acolhimento pra mim em outras cidades, pena que, por não ter onibus da minha cidade pra lá, não deu certo; outra opção depois foi a casa da Fran em Campinas que também me ligou oferecendo estadia.
A Fran é psicologa em um caps em campinas, ligada também a educação popular, me recebeu juntamente com seu noivo Waguinho lá pelas 11 da noite e de cara me deixaram muito a vontade, coisa desse povo ligado aos movimentos populares, vocês sabem... conversamos sobre saúde, discutimos educação popular, enfim, uma boa troca de experiência e aprendizado.

No dia seguinte, ao invés de pedalar, resolvi aceitar o convite da fran e visitar alguns serviços de saúde mental da cidade, alguns que eu já ouvira falar e alguns amigos da luta já haviam me sugerido como ótima opção de visita na viajem.
Primeiro fomos ao Candido Ferreira, que anos atrás funcionava como manicômino e hoje tornou-se um grande exemplo de serviço de saúde dentro das diretrizes da reforma psiquiátrica, possuem um restaurante mantido também pelos usuários que fornece as refeições tanto internamente para funcionários e visitantes, quanto para os outros serviços de saúde mental da cidade, um grande exemplo de como pode-se investir na habilidade e capacidade das pessoas pra se garantir autonomia aos invés de simplesmente terceirizar os serviços.
Também ha o ponto de cultura maluco beleza, possuem vários projetos, dentre eles um programa que é transmitido em parceria com uma rádio, os locutores, "LOUCUTORES" como dizem, são usuários ou funcionários de serviços de saúde da cidade (não sei se só da saúde), mandam muito bem na programação, verdadeira propulsão da mídia democrática, do direito ao grito... infelismente o programa esta de férias, pois além de querer muito conhece-los, iria pleitear junto com a Fran uma entrevista pra falar da viajem, do encontro nacional e tudo mais. Mas tinha um povo lá, um pessoal muito especial com o qual aprendi muito, silvana, josué, josé, as meninas da recepção, o povo das oficinas, fiz muita gente pintar os retalhos para a colcha, escreveram mensagens incríveis, são pessoas realmente especiais, vô vê se mando as fotos pra vocês, o problema é que são pesadas e tô com dificuldade de acesso a internet... Enfim, foi uma tarde incrível.
Mais o menos meio dia a Fran foi trabalhar e me deixou por lá, fiz amizade com o pessoal que me mostrou o espaço e as oficinas, combinei de fazer algumas fotografia com o seu Josué, um dos locutores do maluco beleza, a proposta que fiz para ele foi a de fotografarmos o cândido segundo seu olhar sobre aquele espaço, ele topou mas infelismente não deu tempo pra gente sair e fazer o trabalho, pois as 15:30 já tinha combinado com outro pessoal do candido de ir conhecer outro espaço da cidade, o centro de convivência espaço das vilas, onde haveria um outro projeto do maluco beleza, uma roda musical em que todos tocam e cantam, expontaneamente, e depois se apresentam em alguns lugares. Um ótimo projeto também.
Saindo do espaço das vilas fui ainda para mais um serviço de saúde mental da cidade, agora o caps Esperança, lá esperava encontrar um amigo que fizemos no encontro regional do RJ, nosso querido cantor Renato, um ótimo compositor, combinamos de gravar suas canções e quando lá cheguei assimo fizemos, embora ainda não com a qualidade que queremos, mas já é um começo para termos a base pra tirar nos instrumentos e pensar os arranjos das canções, sendo que talvez os instrumentistas sejam justamente os meninos do projeto do maluco beleza lá no espaço das vilas, conforme ficou combinado com io José, jornalista que trabalha nesse ponto de cultura e foi também meio que um anfitrião pra mim nessa passagem por campins. Combinamos de nos encontrar quando eu voltasse da viajem.
Uma das grandes satisfações de um viajem como essa é deixar a possibilidade de desenvolvermos projetos conjuntos futuramente e em Campinas já temos a idéia de gravar um CD com as canções do renato e ensaios abertos desse grupo musical do maluco beleza, espero que consigamos tocar pra frente essas coisas todas.
As oficinas do candido também são um exemplo de sucesso, ha produção de artesenato, mosaico, vitral, papel reciclável, vela, dentre outros, sendo que comercializam a produção remunerando os usuários trabalhadores e assim, além dos fins terapeuticos, promovem a geração de renda e novas possibilidades para todos os participantes, é uma pena que não possa mais escrever por hoje, mas futuramente tento mandar algo para os que não conhecem.

Uma grande familia

Meu pai me liga toda hora - Ah como é bom ser amado! - me liga pra saber onde tô, onde vô parar hj, se tá tudo ok, se peguei chuva... "Olha a penamonia" diz ele. E engraçado que hoje me ligou bem na hora que o camera da bicicleta furou, ele fez um "IHHH!!!!" no telefone, parecia que o mundo tinha acabado, mas depois de uma breve explicação ele parece ter dado uma respirada, não sem antes falar da “penamonia” outra vez.
Minha tia Bene é outra! Deixei com ela um roteirinho escrito a mão do meu trajeto e ela vive acompanhando o roteiro e me ligando pra saber onde é que eu tô; e quando os lugares não batem com o que tá no roteiro ela fica indignada, tipo asim: "volta pro roteiro menino". Muito bom.
Ainda bem que minha mãe tá viajando e assim ocupa a cabeça com outras coisas. Ela é a que mais sofre nessas minhas viajens, mais do que eu que pedalo 70Km por dia. E pra ela tudo é onça, muito engraçado, se falo que vou ali ela diz: "cuidado com a onça" ou "lá não tem onça não?, se vou aculá, vem ela com a onça dela, acho que esse medo vem dos tempos que ela trabalhava na roça colhendo café e algodão, devia ouvir muita estória e ver mto bicho pelos interior em que ela nasceu, embora as vezes tenho a impressão de que os bicho perigoso mesmo ela veio a conhecer depois de grande quando decidiu vim pra cidade grande. Mas que é engraçado é! daqui ao pouco se eu for no Shoping (o q raramente faço, diga-se de passagem, mas tb sem preconceito) ela vai dizer: "CUIDADO COM A ONÇA"!!!! é não é só onça não, é onça, cobra, tubarão... Os ambientalista é que seriam felizes caso as idéias da minha mãe fossem verdade, acho que não teria nenhuma espécie em extinção. Que familia boa eu tenho!!!

Obs: não só os ambientalistas ficariam felizes, mas todos nós. Não podemos esquecer da intersetorialidade.

domingo, 18 de julho de 2010

Saio amanhã dia 12/07/2010 e pelo caminho gostaria de contar com o
acolhimento de vocês para que cedam um cantinho do quintal para que eu possa
acampar na noite em que passar pela sua cidade, além de colher as frases e
trocar experiências com todos.
Segue meu roteiro e datas de possíveis passagens pelas cidades, sendo que
> tudo pode mudar, pois viajens de bicicleta são sempre imprevisíveis.

Santo André (saída em 12/07/2010)
Campinas (chegada em 12/07/2010, fim de tarde)
Limeira (13/07/2010, tarde)
Rio Claro ou alguma cidade da SP-330 (Via Anhanguera) entre Limeira e
Ribeirão Preto (14/07/2010)
São Carlos ou alguma cidade da SP-330 (Via Anhanguera) entre Limeira e
Ribeirão Preto (15/07/2010)
Araraquara ou jacupiranga ou qualquer localidade da SP-255 (Rod Antonio
Machado Sant'ana) (16/07/2010)
Ribeirão Preto (16/07/2010 ou 17/07/2010)
Orlândia (17/07/2010 ou 18/07/2010)
Aramina ou Igarapava (18 ou 19/07/2010)
Uberaba (19 ou 20)
Qualquer lugar entre Uberaba e Uberlândia (Rod BR-050) (20 ou 21)
Uberlândia (21 ou 22)
Tupaciguara (22 ou 23)
Itumbiara ou Araporã (23 ou 24)
Morrinhos (24 ou 25)
Professor Jamil (25 ou 26)
Hidrolândia ou Aparecida de Goiânia (26 ou 27)
Goiânia (chegada para o encontro em 27 ou 28/07/2010)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Olá gente, sou Marcio Rodrigues Lima de Santo André no ABC paulista, militante da luta antimanicomial (movimento social ligado a saúde mental) e do Fórum Permanente de Direitos Humanos, os quais em nome da indivisibilidade, intersetorialidade para a construção de um mundo melhor vem buscando um maior diálogo e aproximação com a educação popular, dentre tantos outros movimentos da sociedade civil.
Sendo assim, tenho me aproximado cada vez mais da educação popular e saúde e no intuito de contribuir com esse nosso processo de integração e transversalidade resolvi elaborar um projeto no qual farei uma viajem de bicicleta da minha cidade até Goiânia para o encontro nacional do fim desse mês, tendo como principais objetivos, além da divulgação do encontro, realizar trabalhos culturais e troca de conhecimentos e experiências com aqueles e aquelas que encontrar no caminho, sendo parte disso também uma parceria com a D. Luzia de coletar frases em tecidos escritas por diversas pessoas de variadas localidades da viajem para que, quando eu chegar em Goiânia, todos nós teçamos uma colcha de retalhos no encontro nacional com esse material colhido, unindo assim nossos sonhos, idéias e expectativas.
Nossa! Márcio,
Que alegria será recebê-lo aqui na terra do cerrado. Hoje iniciamos um Núcleo Livre, batizado: Vivências e Práticas de Educação Popular em Saúde, com a intenção de trabalhar a metodologia da educação popular e de descobrir novos talentos para colaborar na construção do Encontro aqui em Goiás. Contei aos estudantes da sua vinda de bicicleta e eles ficaram muito animados. Só a intencionalidade da sua vinda já é muito motivadora e nos enche de esperança de que este nosso Encontro será lindo, refletindo a boniteza e os ensinamentos de Paulo Freire, a nossas lutas, a discussão política...
Muito emocionante participar e viver estes momentos que serão históricos e transformadores.
Acho fantástica a idéia dos tecidos, acho q podemos trabalhar isso na nossa metodologia, assim cada estado traria tecidos para gente continuar construindo a linda colcha de retalhos que irá trazer.

Tatiana Novais

Qua, 14 de Jul de 2010 5:33 pm

Conversei com Marcio agora. Por causa das chuvas houve um atraso no início da
viagem e ele teve mudar o percurso para ajustar o tempo do trajeto. Está em
Araras e deve chegar em Ribeirão Preto em 03 dias.
Marcio disse estar recebendo diversas mensagens e descansa na casa de companheiros como a Fran de Campinas e Carla do Sumaré.
É certo que chegará em Goiania com diversas mensagens escritas em retalhos se fazer de uma linda colcha.

Abraços,
Eduardo Rocha – Rio de Janeiro