terça-feira, 20 de julho de 2010

14-07-10

No dia 14, quarta feia, o dia amanheceu chuvoso, mesmo assim decidi pedalar, pois havia ficado um dia a mais em Campinas para conhecer os serviços de saúde mental da cidade e não poderia deixar de pedalar pra tirar o atraso da viajem.
Foi um dia muito difícil, muita chuva, depois de já ter saído da cidade percebi que havia esquecido uns equipamentos na casa da Fran e tive que voltar pra pegar. Retornei para a estrada e foi um dia muito cansativo realmente, fluxo intenso de caminhões e agente fica meio apreensivo pois na chuva a visibilidade diminui e pra um "bichão" daqueles pegar um bicicletinha é rapidinho.
Enfim, tive que pedalar muito, 35 Km a mais do que o previsto e, sendo esse o primeiro dia de pedal, as assaduras foram muitas no final do dia, porém nada que um dia inteiro de descanso posteriormente e um pouco de pomada não resolvesse.
Ao passar por Sumaré mandei uma msg para Carla, psicologa e da Aneps se não me engano, grande pessoa que foi super prestativa, depois de tanto carinho e solidariedade estava com muita vontade de conhece-la, infelismeste ela não estava em casa e pena que não possível foi dessa vez, mas oportunidades não vão faltar.
Toquei o pedal pra frente e me lembro de ter recebido depois uma msg da Wal, de São Carlos, que me acolheria lá, porém por questão de otimização do percurso decidi mudar o roteiro, fiquei muito chateado, estava querendo muito rever o pessoal de São Carlos, mas agora, ao invés de São Carlos, iria pra Araras onde o Henok, gde amigo, me acolheria, mas o problema era justamente que para lá chegar teria que pedalar bem mais.
Esse dia foi realmente muito difícil, mal pude parar para comer, o máximo que consegui foi parar num posto e tomar uma mistureba que faço com um monte de coisa natural, muito saudável por sinal, e logo em seguida continuei a viajem, cai duas vezes e um pouco antes do fim do percurso cheguei a desacreditar que poderia prosseguir e que seria capaz de realizar a viajem até Goiânia, pois se no primeiro dia já tava sofrende tudo aquilo, quem dera no 20º, porém essa percepção tendeu a diminuir nos dias que se suscederam.
Ainda naquele primeiro dia, quando foi anoitecendo eu ainda estava no meio da estrada, encontei num posto decidido a pegar uma caroninha de 20Km, era o que faltava pra chegar em Araras, porém é incrível como construimos um mundo em que ha um afastamento geral entre as pessoas, muita desconfiança. Um caminhoneiro que abordei disse-me que estava esperando um telefonema do patrão e não sabia se seguiria viajem, percebi que ele ficou meio envergonhado e estava tentado encontrar uma desculpa pra não me levar; outros caminhoneiros, que foram super educados diga-se de passagem, disseram para eu procurar o frentista, que poderia me ajudar a pedir uma carona, esse me mandou procurar o chefe de pista que, por fim, falou para eu abordar os caminhoneiros pessoalmente e pedir a carona, por que eles do posto não poderiam ajudar, pois caso houvesse algum problema posteriormente teriam que se resonsabilizar e tal... o pior é que no fundo agente tem que entender, talvez faríamos o mesmo caso estivéssemos em seu lugar, mas que fiquei com uma péssima impressão e um pouco descepcionado com a falta de sensibilidade e solidariedade, isso fiquei, embora depois tenha conseguido enxergar seus possíveis receios e pontos de vista. Nada da como uma boa dose de alteridade.
Enfim, com a impossibilidade da carona só me restou pegar a estrada mesmo e aí foram os vinte kms mais difíceis de toda a viajem até então, tudo escuro, eu não conseguia ver nem o acostamento, a não ser nas horas em que passavam os caminhões a toda velocidade ao lado e jogavam em mim seus faróis assustadores, isso sem contar os que businavam e até jogavam o caminhão no cantinho do acostamento, tirando uma fina danada. O cansaso era muito, quase nas últimas forças, o trajeto era difícil e com muitas subidas que, mesmo não sendo tão ingremes (é o que imagino pois não dava pra ver nada) assim pareciam devido a dificuldade de pedalar por causa do cansaso. Cheguei em Araras a noite, Henok me esperava num determinado local, colocamos a bicicleta no carro dele e fomos para sua casa, enfim um bom banho e um bom descanso, mas não sem antes darmos uma voltinha pela cidade e visitarmos uma amiga dele que possui interesses e práticas em educação popular e saúde e havia lido e adimirado meu email falando sobre o projeto da viajem, seu nome é Talita, um pessoa incrível, juntamente com sua familia, sendo sua filinha uma graça, faz uma sériede artesanatos ensinados pela mãe, etc... todos preencheram seus realhos para a colcha, foi ótimo te-los conhecido, espero que nos vejamos sempre e desenvolvamos algum projeto juntos, aliás, convidei-a para entrar no grupo da aneps, ela quer fomentar educação popular na cidade, já tentou inclusive, porém sem sucesso por uma serie de motivos que depois ela mesma conta pra vocês e quem puder ajudar ela a promover a educação popular em Araras, vai ser muito bom.

Gde bjo e abrç a todos!!! até!!!

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